quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

As Virtudes do Caju e o Cajueiro





Por Rosangela Vecchi Bittar – CRT 42435

O cajú (Anacardium occidentale) pertencente a família da Anacardiaceae é um pseudofruto, pois o que entendemos como o fruto é constituído de duas pares a parte do fruto é a castanha e a parte rosada amarelada é o pendúnculo.

Fruto nativo do Brasil, o caju foi levado pelos portugueses do Brasil para a Ásia e a África, hoje é produzido no Vietnam, Nigéria, Índia, Indonésia, Guiné-Bissau, Moçambique e Brasil. A mais antiga descrição escrita do fruto é de André Thevet, em 1558. Posteriormente, Maurício de Nassau protegeu os cajueiros por decreto, e fez o seu doce, em compotas, chegar às melhores mesas da Europa. A parte suculenta é a do penduncúlo rico em vitamina C e ferro do qual fazemos o suco, depois de beneficiado são preparados passas de cajú, rapaduras e a bebida cajuína.

O seu suco fermenta rapidamente e pode ser destilado para produzir uma aguardente. Do bagaço, suas fibras, ricas em aminoácidos e vitaminas, misturadas com temperos, é feita a "carne de caju".Existe uma variedade enorme de pratos feitos com o caju e com a castanha de caju.

O fruto propriamente dito é duro e oleaginoso, mais conhecido como "castanha de caju", cuja semente é consumida depois do fruto ser assado a fim de remover a casca. Ao natural, salgado ou assado com açúcar. A extração da amêndoa da castanha de caju depois de seca, é um processo que exige tempo, método e mão-de-obra.

Antes da chegada dos portugueses, o caju já era alimento básico das populações local. Os tremembé já fermentavam o suco do caju, o mocororó, que era e é bebido na cerimônia do Torém. Na língua tupi, acaiu (caju) significa noz que se produz.

O método de extração da amêndoa da castanha de caju utilizado pelos indígenas era a sua torragem direta no fogo, para eliminar o "Líquido da Castanha de Caju" ou LCC (depois de beneficiado é utilizado em resinas, materiais de fricção como em lonas de freio e o outros produtos derivados; vernizes; detergente industrial; inseticida; fungicida e até biodiesel). Depois do esfriamento da amêndoa é quebrada a casca para sua retirada a castanha.

A amêndoa da castanha de caju é rica em fibras, proteínas, minerais (magnésio, ferro, potássio, selênio, cobre e zinco), vitaminas A, D, K, PP e principalmente a E, carboidratos, cálcio, fósforo, sódio e vários tipos de aminoácidos. Um destes aminoácidos é a arginina que, no metabolismo, transforma-se em óxido nítrico e este, por vez, alarga as artérias e diminui a pressão sanguínea. Desta forma a castanha do caju contribui no combate às doenças cardíacas.A castanha-de-caju ainda verde (maturi) também pode ser usada nos pratos quentes.A castanha possui uma casca dupla contendo a toxina uruxiol (também encontrada na hera venenosa), um alergênico que irrita a pele. Por isso a castanha deve ter sua casca removida através de um processo que causa dolorosas rachaduras nas mãos. A castanha também possui ácido anacárdico, potente contra bactérias gram-positivas como Staphylococcus aureus e Streptococcus mutans, que provoca cáries dentárias.

A Professora e pesquisadora Salete Horácio da Silva professora da Faculdade de Enfermagem de João Pessoa na Paraíba descobriu a “cajumembrana” que cicatriza feridas. O processo é simples e barato que é distribuído gratuitamente pela pesquisadora. A membrana do caju adere como se fosse uma segunda pele ao ferimento.

Do cajú tudo se aproveita.

Na sabedoria popular da casca do seu tronco(principalmente o do caju roxo) se faz chá anti-inflamatório, cicatrizante, antiglicêmico. Acreditem,é fantástico! Pegue um pedacinho da casca do tronco do cajueiro e ferva com água filtrada (pode-se ferve o mesmo pedaço três vezes para uso) o chá terá uma cor levemente amarronzada. Tomar uam xícara pela manhã e à tarde sem açúcar, é claro!

Pode-se fazer compressas com o chá para cicatrização de feridas e queimaduras, concomitante ao uso oral do chá. Tomar por 10 dias ininterruptamente, descansar por uns dois ou três dias e, se necessário continuar o seu uso da mesma forma.

Receita de Hamburguer de Cajú desenvolvido pela Embrapa Agroindústria Tropical usada no Ceará (Fonte: Disponível em 19.01.07 - Globo Repórter – “Ceará inventa hamburguer de cajú”).

Ingredientes: 8kg de cajú fresco sem a castanha; 300g farinha de trigo,2 xícaras de chá de cheiro; verde picado(salsa e/ou cebolinha); 2 pimentões médios; 4 tomates picados; 2 cebolas méias picadas; ½ colher de colorau; 1 cabeça de alho grande espremida em pasta; pimenta-do-reino a gosto; sal a gosto.

Modo de fazer: Lavar b em os cajus acrescentar um poco de água no liquidificador. Peneirar retirar o suco. As fibras após a retirada do líquido mais ou menos 1,5 kg. Refogar na panela cm os temperos deixar esfriar. Adicionar a farinha de trigo, formatar como hamburguer e fritar. Dá 20 hamburgueres.

Como essência floral temos: no Sistema de Filhas de Gaia: CAJÚ (Anacardium occidentale) - flores brancas e rosa forte que integra o feminino com a mente e emoções, ancora as forças instintivas do feminino e resgate o útero como centro do poder pessoal da mulher e órgão de percepção de si mesma. É uma essência puramente feminina.

E Salve o Caju!

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